Natação
DIDÁCTICA ESPECÍFICA DA NATAÇÃO PURA
Francisco Alves
Luís Rama
O PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA TÉCNICA DE
CROL
1. INTRODUÇÃO
A técnica de crol, assim como a de costas, deve ser das primeiras técnicas a ser ensinada. Trata-se de uma técnica alternada, que permite uma continuidade das acções propulsivas e cuja coordenação entre os membros superiores e os membros inferiores não é tão complexa como nas técnicas simultâneas. A sincronização da respiração com a acção dos membros superiores tolera, também, algumas incorrecções, o que significa que se pode atingir um nível razoável de desempenho apesar da permanência de faltas secundárias.
No ensino da técnica de crol será fundamental partir da aquisição e estabilização da posição do corpo em conjugação com o batimento de pernas e o rolamento do tronco para uma vivência precoce do movimento global sem associação da respiração. Esta é uma fase breve, apenas para o praticante ter possibilidade de intuir o ritmo e a sincronização da técnica nos que diz respeito aos membros superiores e inferiores, devendo de seguida iniciar-se o trabalho parcial conducente à aquisição da relação um braço / respiração, desde logo bilateralmente, para então se prosseguir o paciente e mais longo trabalho de progressivo aperfeiçoamento dos detalhes da braçada.
As principais dificuldades na técnica de crol, surgem na manutenção do alinhamento lateral, já que a acção alternada dos membros inferiores, com a respectiva recuperação aérea, pode provocar, se for mal executada, oscilações laterais. Também as deficiências associadas à respiração, conduzem, muitas vezes, a falhas no alinhamento horizontal, uma vez que a elevação da cabeça, no momento da inspiração, pode provocar que o aluno tenha a tendência de empurrar a água directamente para baixo, após a entrada da mão, como forma de encontrar um apoio que lhe permita prolongar a respiração.
2. As perturbações do equilíbrio e as suas