narração de portugues
As ruas com a presença de inúmeras viaturas com policias federais, militares e civis. Parecia como se estivesse morando dentro de um quartel general. Desde algumas semanas atrás, a cidade vem passando por um clima instável na segurança pública, todos estão irritados e insatisfeitos, devido o conflito instalado entre agricultores e indígenas sobre a demarcação de terras.
Não tinha nada para fazer, e isso estava me matando de aborrecimento. Embora soubesse que uma feira livre não constitui exatamente o melhor divertimento do qual um ser humano pode dispor, fui andando, a passos lentos, em direção àquelas barracas. Não esperava ver nada de original, ou mesmo interessante. Como é triste o tédio! Logo que me aproximei, vi uma senhora alta, extremamente gorda, gritando desesperadamente com alguns feirantes, comerciantes e outros populares sobre o terrível acontecimento que ceifará a vida do senhor Juraci Santana, agricultor assentado que fora assassinado a tiros, nesta madrugada, no Assentamento Ipiranga. Um homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão acalmar a nervosa senhora que erguia seus enormes braços e, com os punhos cerrados conclamava a população a realizar uma manifestação na ponte na BR 101 (rodovia federal próxima à entrada da cidade), com intuito de chamar atenção das autoridades públicas. Comecei a me assustar, com medo devido à sua fúria incontrolável que se espalhava naquele ambiente alcançando a todos. Ela ia gritando juntamente com os demais populares e caminhando em direção à ponte. Caminhei, paulatinamente, ao