narrativa de detetive
ouvir no final de cada caso a mesma frase: “Elementar,Watson”.
–
Mas se trata dum caso tão insignificante
–
protestou mamãe.
–
Insignificante? Esse enigma está nos pondomalucos. Alguém andava assaltando nosso galinheiro. A cadadia sumia uma galinha. Quem faria isso, estando a casacercada por paredes de imensos edifícios? Não haviamuro para saltar. Nem grades para pular. E na casa sómorávamos eu, meus pais, tio Clarimundo e Noca, avelha empregada. Um enigma muito enigmático, sim.Sherlock Holmes chegou e hospedou-se no quartodos fundos. Ele, seu boné xadrez, seu cachimbo, lógico,e mais logicamente sua lupa, que aumentava tudo.Chegou anunciando:
–
Cham
arei esta aventura “O caso das galinhasdesaparecidas”. Ou ficaria melhor “O
incrível enigma do
galinheiro”?
–
Ambos são bons, mas...
–
Na maior parte das vezes o culpado é o mordomo
–
informou Sherlock.
–
Onde está o suspeito?
–
Não temos mordomo
–
lamentou tio Clarimundo.
–
Então me levem à cena do crime.Levamos Sherlock ao quintal, pequeno e espremidoentre os prédios. Ele tirou a lupa do bolso. Um palito ou folha de árvore, examinava concentradamente. Depois,tomava notas num caderno. Mas, como a viagem ocansara, foi dormir cedo. Na manhã seguinte minhamãe acordou-o com uma informação:
–
Sumiu outra galinha.
–
Esta noite dormirei no galinheiro.E dormiu mesmo, sentado numa poltrona. Desta vezeu que o acordei.
–
Mister Holmes, roubaram mais uma galinha. A notícia fez com que se decidisse:
–
A