Narradores de jav
O filme, Narradores de Javé, fala sobre História, memória popular e exclusão, onde observa-se a frieza da classe dominante com a menos favorecida, formada pela população analfabeta. É possível refletir sobre o poder que a cultura letrada tem sobre a popular (oral).
O vilarejo de Javé no interior da Bahia, está para ser extinto devido a construção de uma usina hidrelétrica que, depois do funcionamento, inundará o local. Os moradores, inconformados com a notícia, resolvem tomar uma atitude e são orientados por um dos moradores a fazer um documento escrito que comprove a importância de Javé, contando com a ajuda do único morador que sabe ler e escrever, Antônio Biá, para que o projeto seja terminado.
Esse filme evidencia a importância do registro histórico de um lugar, pois sendo reconhecido, sua população passa a ser mais importante aos olhos das outras pessoas e o lugar se torna mais valioso devido a sua história.
Antônio Biá foi recolhendo informações da população de Javé para escrever a importância do lugar, durante o processo de pesquisa, os moradores apresentam versões muito diferentes da mesma história, fazendo com que favorecesse apenas os seus antepassados e causando uma boa imagem para si. Isso é um exemplo de que mesmo que a história oral seja muito importante, ela precisa ser complementada com outros tipos de provas.
Outro fato é que a história pode ser modificada por quem a registra. Podemos observar um exemplo no filme em uma citação de Antônio