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Marta Bergamim1
RESUMO: Este artigo procura mostrar a representação do sertanejo na obra “Os Sertões” de
Euclides da Cunha. O autor dividiu o seu livro em três partes: A terra, o homem, a luta. Na primeira parte fala sobre as condições de espaço físico em que os sertanejos sobrevivem na segunda, fala sobre as características, as representações em si do sertanejo e na terceira, narra com muita crítica o desempenho de um povo sofrido, retrata a luta, mostra todas as expedições do Exército contra Canudos e a grande resistência sertaneja, que em muitos ataques enfrentou o Exército apenas contando com a coragem. Euclides da Cunha para iniciar a falar sobre o povo do sertão, parte de uma análise sobre miscigenação de que prove o sertanejo e a que dá origem ao povo do litoral, seguindo a teoria de Spencer que parte do pressuposto de que não existe o homem em geral (tese positivista), mas sim o homem circunstancial. Para Spencer, poderemos entender o todo, estudando as partes. Esse paralelo entre o povo resultante de uma miscigenação no litoral e o do sertão, revela muito e facilita para entender melhor essa representação sertaneja que Euclides fazO autor em seu livro desmistifica a forma de pensar da época que era a de considerar apenas as pessoas de raça branca como representantes do povo brasileiro. Euclides da Cunha mostrou em seu livro “Os
Sertões” a mistura de raças que havia no país e a importância de valorizar esse fato para que o
Brasil tivesse um povo real, pois os brancos, puros, sem misturas de raças já eram poucos e fadados a desaparecer, terminando assim com toda a representação brasileira.Euclides da
Cunha concordava com a tese de que a mistura de raças diferente seria prejudicial, porém admitia que os sertanejos conseguiram mesmo assim, formar uma raça forte, devido ao isolamento do deserto, o que fez com que a mestiçagem fosse uniforme.Considerava