NANUQUE
Em virtude da interrupção das atividades da Destilaria de Álcool de Nanuque (ALCANA), unidade pertencente ao grupo Infinity Bio-Energy e por erros na política de ampliação da malha de arrecadação, desajuste fiscal , entre outras trombadas administrativas da atual gestão , a prefeitura de Nanuque pode iniciar o ano de 2015 com o pior índice de Valor Adicionado Fiscal (VAF) dos últimos 35 anos , numa situação que levaria o poder público a ficar de “pires na mão”. O VAF - na prática, é um indicador econômico utilizado pelos estados para calcular o Índice de participação municipal no repasse da receita do Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias , serviços de transportes (ICMS) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O fechamento da Alcana já deverá representar em 2015 uma queda de quase 24% na composição do VAF, posto que dos R$ 263, 9 milhões apurados em virtude do recolhimento de ICMS no município de Nanuque em 2012, cerca de R$ 63,0 milhões vieram de impostos relativos ao faturamento da usina naquele período, segundo fontes do próprio governo municipal. Apesar do alerta de uma brutal queda no repasse dos valores apurados com o ICMS, o executivo não tem se mobilizado, pelo menos de forma clara, para tentar uma ação de enfrentamento da situação, a exemplo de uma política de ampliação da malha de arrecadação, com base em campanhas educativas. O VAF é apurado pela Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF-MG), com base em declarações anuais apresentadas pelas empresas estabelecidas nos respectivos municípios. A arrecadação média em Minas Gerais, relativa ao ICMS, no biênio 2012/2013 chegou a R$ 301, 9 bilhões. No período o município de Nanuque teve uma informação anual em torno de R$ 263,0 milhões, o que representou o índice atual do VAF de 0,09 do bolo arrecadado. Este índice serve de base de calculo para saber quanto o município deve