Nanotecnologia
Desde á 2500 anos que o homem interroga se a matéria que nos rodeia não podia ser reduzida a componentes mais simples. E foi no seguimento desta ideia que se descobriu o átomo. Mas o que é um átomo? Um filósofo grego chamado Demócrito afirmou que, se dividíssemos qualquer coisa em pedacinhos cada vez menores até se chegasse a um ponto que o último pedacinho não pudesse ser mais dividido chegaríamos ao átomo. Nesse tempo, julgava-se que era a última fracção de matéria, o “tijolo” fundamental de tudo o que conhecemos e que era indivisível. Desde dessa altura até aos nossos dias, o Homem foi adquirindo novos conhecimentos. Hoje em dia sabemos que os átomos não são exactamente aquilo que se julgava devido à contribuição do físico inglês chamado Joseph Thomson .
Sabemos que os átomos são formados por um núcleo positivo, onde reside praticamente toda sua massa, e por electrões negativos, que circulam em torno do núcleo, ou seja, que o átomo é divisível. Mas a ideia que os átomos são “tijolos” fundamentais da matéria ainda hoje subsiste. Fig.1 - Sir Joseph John Thomson - Físico britânico que descobriu o electrão
1
Mesmo antes de se desenvolverem os instrumentos necessários para a visualização e manipulação dos átomos, alguns cientistas mais ousados perguntavam-se o que aconteceria se pudéssemos construir novos materiais, átomo a átomo, manipulando-os directamente.
Podemos concluir que o átomo é a base desta nova tecnologia que estava prestes a nascer…
Um destes cientistas mais ousados era Richard Feynman.
Richard Feynman (1918 - 1988) nasceu em Nova Iorque e foi um dos mais influentes físicos americanos do século XX. Era um cientista brilhante, sendo o primeiro a usar processadores paralelos numa das suas experiências. Feynman “descomplexava” as coisas. Na altura do desenvolvimento da primeira bomba nuclear, havia a necessidade de se efectuar os cálculos complexos muito rapidamente. Feynman teve então a