Nanotecnologia e embalagem almentos
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A indústria de alimentos tem como desafio garantir a qualidade de seus produtos, aumentar a vida útil e reduzir o custo de produção dos mesmos. A embalagem exerce um importante papel na resolução desse desafio, pois é a barreira que protege o alimento do meio externo contra possíveis contaminantes. Porém a embalagem não é totalmente eficaz e estudos estão sendo realizados para melhorar cada vez mais sua estrutura física, transformando-as em ativas, protegendo mais o produto. A aplicação de nanofibras de celulose em filmes de amido de milho natural pode conferir melhor resistência a embalagens alimentícias devido às suas propriedades individuais.Recentemente, tem aumentado a utilização de nanopartículas como aditivos para melhorar o desempenho e as propriedades de embalagens. Exemplos: têm sido utilizadas nanofibras de celulose (MOHANTY et al., 2003) e nanoargilas (silicatos em camadas) (BAE et al., 2009).
A celulose é um polímero natural muito forte, formado por longas células fibrosas. As nanofibras de celulose são materiais de baixo custo e amplamente disponíveis. Além disso, são ambientalmente “amigáveis”, facilmente recicláveis e exigem baixo consumo de energia na fabricação, tornando-se uma classe de nanomateriais atraente para elaboração de nanocompósitos de baixo custo e de alta resistência (PODSIADLO et al., 2005).
O uso do amido na produção de filmes baseia-se nas propriedades físicas, químicas e funcionais da amilose para formar géis e no seu desempenho para formar filmes. Devido à sua linearidade, as moléculas de amilose em solução, tendem a orientar-se paralelamente, aproximando-se para formar ligações de hidrogênio entre hidroxilas de polímeros adjacentes (WURZBURG, 1986).
Recentemente, estudos para o desenvolvimento de polímeros provenientes de fontes naturais estão atraindo especial atenção dos pesquisadores. Entre os filmes produzidos à base de polissacarídeos, destacam-se os produzidos à base de amido (FAMÁ et al., 2006; KECHICHIAN, 2007;