Nana

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
São Paulo, 10 de maio de 2012
Professor: Lúcio Flávio
Disciplina: Politica e Soberania I
Alunas: Ana Miranda, Lívia Damasceno, Laís Rezende, Marcela Tosi
Thais Bianchi

1. Política: violência e legitimidade.

A violência sempre esteve intrinsecamente atrelada a politica, ou seja, as relações de poder. Diferente da maioria, alguns autores, como Maquiavel e Weber, viam a violência como algo positivo, quando legitima. A frase de Maquiavel em seu livro “O Príncipe”: “...existem duas formas de combater: uma pela lei, outra, pela força” ilustra de forma clara essa relação entre poder e violência. Maquiavel, em contexto de formação do Estado italiano e na efervescência do Renascimento, escreve para Lorenzo de Médici uma carta que mais tarde se tornará o livro “O Príncipe”, que se tornou não só um manual de conduta para o soberano, mas também uma obra fundadora da ciência politica. Em sua obra, Maquiavel tenta provar que é essencial a existência de um soberano em contraposição ao poder fragmentado da época medieval, que se baseava em laços de suserania. Era necessário que houvesse uma única instituição ou uma unidade detentora do poder, independente de quem ocupasse esse cargo. O autor admite que, há uma moral politica a qual é distinta da moral social, de forma que seja permitida e até legitima a aplicação de violência para afirmar o seu poder. Essa violência pode e deve ser incorporada a prática principesca desde que os fins a demandem. Embora Weber acredite que a violência legitima seja um meio especifico e um elemento fundador da politica e do Estado, recusa qualquer definição teleológica. Weber no contexto alemão pós Primeira Guerra Mundial, no qual a Alemanha vivia uma crise de proporções catastróficas, escreve sua obra “Ciência e Politica: duas vocações” em que exibe as suas teses a favor da legitimação da violência. Para ele o Estado é o órgão humano o qual pelo uso da violência legitima obtém o