NAIM
Em seguida, Jesus foi a uma cidade chamada Naim. Os seus discípulos e uma grande multidão iam com ele. Quando chegou à porta da cidade, coincidiu que levavam um morto para enterrar, um filho único, cuja mãe era viúva. Uma grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê-la, o Senhor encheu-se de compaixão por ela e disse: “Não chores!” Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Ele ordenou: “Jovem, eu te digo, levanta-te!” O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram tomados de temor e glorificavam a Deus dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós”, e: “Deus veio visitar o seu povo”. Esta notícia se espalhou por toda a Judéia e pela redondeza inteira.
Lucas 7,11-17
2. CIDADE DE NAIM HOJE
A cidade de Naim, onde o Senhor ressuscitou o filho da viúva, se situa a cinco milhas do monte Tabor, junto a Endor”. Com estas palavras Eusébio de Cesaréia, atesta a permanência da memória sagrada no séc. IV. Sobre acontecimentos posteriores, nos informa um testemunho anônimo (provavelmente do séc. V-VI), recolhido por um monge beneditino chamado Pedro Diácono (sec. XII): “Na casa da viúva, na qual o filho foi ressuscitado, agora existe uma igreja, e a sepultura na qual seria colocado existe até hoje.” Uma “bela” igreja existia ainda em Naim no século XIV (frei Nicoló de Poggibonsi), mas a partir do século XVI não se fala mais do que ruínas. A igreja atual, simples e modesta, foi construída em 1881 sobre os restos da antiga. Conserva duas valiosas pinturas do fim do séculoXIX. O vilarejo hoje em dia é totalmente muçulmano. O cemitério antigo devia estender-se a parte oeste do vilarejo, sobre os declives da montanha, onde se pode ver diversas tumbas escavadas na rocha. Um sarcófago romano em pedra é conservado contra a parede da igreja.