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Na passagem do século XIX para o XX, a Argentina viveu um período próspero e estável logo após o fim da ditadura de Juan Manuel Rosas. O cenário político era regido por um Estado Liberal onde os grandes proprietários de terra e a burguesia financeira equilibrava-se no controle do poder. O crescimento da economia argentina ocorria a largos passos e aproveitou da crise econômica européia no início do século XX para ampliar seu parque industrial.
O desenvolvimento econômico argentino trouxe um amplo processo de urbanização que concomitantemente ampliou os grupos trabalhadores do país. A ascendência desse novo cenário sócio-político estremeceu o controle político das oligarquias que se cristalizaram no poder. As tensões e disputas políticas ficaram assim marcadas pelo surgimento da União Cívica Nacional, que reunia diversos grupos políticos defensores do estado democrático.
Durante a década de 1920, a União Cívica conseguiu chegar ao poder com a eleição de Hipólito Irigoyen. A força política desse novo grupo foi oprimida pelos grupos conservadores que, no ano de 1930, realizaram um golpe político com o apoio dos Estados Unidos. Dessa forma, a década de 1930 foi conhecida como a década da infâmia, onde fraudes eleitorais e a violência davam sustentação à chamada Concordância.
No ano de 1943, a Concordância impôs o mandato de Ramon Castilho, que ficaria conhecido como o último dos presidentes apoiados pelo grupo conservador. Em seu governo, o coronel Juan Domingo Perón liderou a pasta do Ministério do Trabalho. Utilizando uma pauta de ação política extremamente voltada às classes, Perón incentivou a ampliação dos direitos trabalhistas e a organização dos movimentos sindicais argentinos.
Seu apelo popular, usualmente dirigido