Nadiã
Narrador: Explicação sobre o livro...
Narrador: Isabel foi convidada para a festa de aniversario de seu primo Cristiano, e levou sua amiga Rosana, chegando lá...
(Entram os fantoches) Tia Adelaide: (Recepciona as garotas)
-Isabel! Há quanto tempo! Como você está crescida... Está uma moçinha perfeita!
Narrador: (Falando sobre Isabel) “E a senhora não está uma mocinha perfeita!”, Pensou Isabel, enquanto aceitava os beijinhos da tia.
Tia Adelaide: E essa lindeza, quem é?
Isabel: É Rosana, minha amiga. Pensei que a senhora não se importaria se...
Tia Adelaide: Oh, mais é claro que não me importo! Você fez muito bem em trazê-la. Cristiano vai adorar mais uma menina bonita na festa. Mas entrem, entrem!
Narrador: De fora, Isabel já podia ouvir o som ligado naquele volume “chega-de-papo”. Monotonamente, o surdo da balada reboava como se dissesse “não entre... não entrem...”.
Isabel apertou a mão de Rosana e arrasou a amiga atrás da dona da casa.
As dimensões do salão perdiam-se nos cantos escurecidos pela iluminação precária, cheia de clarões piscantes, destinados a excitar os espíritos. Corpos sacudiam-se ao ritmo de um som frenético, meio misturados numa massa multicor que formava um bloco único, anônimo, como a representação de um inferno alegre, alucinante...
Tia Adelaide falava sem parar, apontava para todos os lados e ria muito, mas nenhum som humano poderia sobrepor-se aquela loucura.
Isabel: - A senhora é mais ridícula do que eu esperava! - rui-se também Isabel, aproveitando-se da oportunidade de acobertar a franqueza debaixo daquele som infernal.
Tia Adelaide: - Hein?
Isabel: Eu disse que a senhora é ridícula!
Tia Adelaide: Desculpe querida, mas eu não ouço nada com esta música... Oh, veja quem vem vindo!
Narrador: Mesmo sem entender direito o que estava sendo dito, Isabel voltou à cabeça para onde a tia apontava. Da massa confusa de dançarinos, uma figura destacava-se foi como se os mais ousados