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Aos meus colegas e amigos arquitetos
Dia desses, nas páginas deste jornal, em comemoração ao Dia do Arquiteto, agora festejado a 15 de dezembro, data natalícia de Oscar Niemeyer, cometi um artigo relativo à efeméride valendo-me das ideias do velho (porém sempre atual) Marco Vitrúvio Polião como fundamentação necessária. O ilustre colega foi um arquiteto romano atuante no século I a.C. e que deixou como contribuição ao nosso trabalho os dez volumes da De Architectura. A obra, único tratado europeu do gênero elaborado no período greco-romano, constituiu a base da arquitetura clássica, servindo de mote a diversos estudos sobre edifício e cidade, engenharia e infra-estrutura urbana realizados desde o Renascimento.
Em realce, sua mui afamada tríade: firmitas, utilitas e venustas. Firmitas refere-se à estabilidade das construções ou, melhor dizendo, à essência construtiva da arquitetura. Esta antiga prática poderia ser traduzida de forma resumida, como quis Leon Battista Alberti, como a arte de construir. Também tem a ver com resistência e durabilidade, o que implica na natureza dos materiais empregados, na sua adequabilidade às soluções propostas e no seu custo. Taipa de sopapo, pedra, tijolo de barro cozido ao sol ou em fornos, madeira, ferro fundido, concreto, aço, vidro, fibra de