RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. 2°ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 42-63. A autora relata um mundo novo diante das opostas visões dos Índios e Europeus, para uns um mundo de espanto e encantamento, para outros um mundo de ganhos, ouros e glorias,ocasionando um verdadeiro choque das culturas, o primeiro deslumbramento dos dois povos separados pelo oceano e depois o embate dos povos indígenas contra a sua submissão. Os índios de inicio enxergaram os europeus como pessoas generosas, gente de seu deus sol, que seria o criador Maira, que para eles vinha milagrosamente sobre as ondas do mar grosso e que não havia como interpretar seus desígnios, tanto podiam ser ferozes como pacíficos, espoliadores ou dadores. Para os europeus aquelas pessoas de encher os olhos só pelo prazer de vê-los, homens e mulheres com seus belos corpos nus, tinham um defeito capital,eram vagabundos, ignorantes viviam uma vida inútil , fúteis, fartas,e sem prestança, como se neste mundo só lhe coubesse viver. Mas tarde surgem os conflitos, de um lado, povos peneirados, nos séculos e milênios, por pestes a que sobreviveram e para quais desenvolveram resistência, do outro lado, povos indenes, indefesos, que começavam a morrer aos magotes. Assim é que a civilização se impõe, primeiro, como uma epidemia de pestes mortais, depois,pela dizimação através de conflitos, guerras, extermínio, escravização. A vida indígena era tranquila, num mundo dadivoso e numa sociedade solidária, tinham suas lutas, suas guerras, mas todas concatenadas, já para os recém-chegados europeus, a vida era uma tarefa, uma sofrida obrigação, que a todos condenava ao trabalho, visando o lucro. O contraste entre o diferente modo de vida gerou nos invasores o desejo de exploração e escravização daquele povo livre.As índias era usadas como objeto de desejos, os homens serviam par tombar e juntar paus-de - tinta ou para produzir outra mercadoria para seu lucro e bem estar.Diante à