Nada aqui
Após a sua visualização, a adaptação se mostrou com o mesmo espírito da obra de Manuel Antonio de Almeida em diversos aspectos, resultando numa fidelidade bastante próxima, claro que guardado as devidas proporções.
Entre as divergências, logo na abertura da peça nos deparamos com uma constante característica que irá, de certa forma, quebrar com a viagem histórica que é feita ao século XIX: as refêrencias à cultura atual. Tanto é que uma das primeiras frases ditas, que era simplesmente “Hey!”, virou um “Hey, ho, let’s go!” (em alusão à música do Ramones), demonstrando que a peça se mostra flexível a possíveis improvisações. E é claro, essa quebra de paradigma com a obra original acaba sendo necessária para criar humor no cenário da peça, já que um dos objetivos dos atores em cena é de entreter quem está presente. Da mesma forma, houveram alguns momentos de interação com o público para que fosse quebrado alguma monotonia que pudesse estragar a experiência da platéia.
Vale também citar a ausência do elemento do narrador observador, sendo substituído pelo diálogo entre um personagem e o público. O personagem que mais realizou tal função foi a vizinha do barbeiro, porém vezes até um personagem secundário chegava a citar o tempo que se passou entre duas cenas. Assim, perde-se um pouco da conversa entre o narrador onipresente e o público, principalmente as inúmeras ironias que o autor fez em sua obra original.
Uma adaptação feita, para talvez não confundir quem via a peça, foi a mudança da ordem para a forma cronológica, já que no livro presenciamos o autor indo e voltando na linha temporal dos acontecimentos.
E não foi possível transcrever as falas das personagens à peça em sua totalidade por questões óbvias, contudo, algumas frases memoráveis do livro não foram esquecidas, e uma das citadas foi a que se referia a Leonardinho como filho de “uma pisadela e um