Nacionalidade e identidade país basco
É importante registrar a escassez de fontes confiáveis de informações que possibilitem aprofundar a temática do povo basco. Presume-se que o povo basco tenha ocupado a península ibérica por volta do ano 2000 a.c. e tenha resistido às constantes invasões sofridas pela região ao longo dos séculos. Apesar da dominação romana os bascos mantiveram sua língua, costumes e tradições, num processo de constante resistência. A língua basca ou “euskera” não tem parentesco com as línguas indo-européias, embora seja a língua mais antiga falada hoje na Europa. O vasconço - dialeto basco - somente constitui-se como língua escrita no século XVI reforçando o sentimento de união do povo. Entre os séculos XV e XVI, a região sul foi submetida ao estado monárquico.
Essa identidade de resistência conferiu ao povo basco o desejo de criar um estado independente. Os bascos têm uma identidade muito acentuada e gozam de autonomia nas regiões da Espanha, onde contam maioria. O país basco ou Euskadi, como também é nominado, portanto, é uma região autônoma da Espanha. Os nacionalistas bascos consideram o nordeste espanhol e uma pequena área no sudoeste da França como parte da nação basca, junto com a comunidade de Navarra. A região francesa basca forma o país basco do norte e, os bascos espanhóis, formam o país basco do sul. No total, soma uma área transfronteiriça de 20 mil km², sendo que a maior parte dos 3 milhões de bascos estão concentrados no lado espanhol.
A organização territorial implica na divisão em sete províncias: No lado espanhol Alava, Biscaia e Guipúzcoa, além da comunidade de Navarra. No lado francês dos Pirineus, Soule, Labourd e Basse Navarre. Frisamos que não se trata de uma nação independente, porém a constituição espanhola reconhece a nacionalidade histórica do país basco, concedendo a autonomia das decisões do povo basco.
Talvez o movimento Pátria Basca e Liberdade, conhecido como ETA, possa ser o ícone de identidade nacional