Na Pratica A Teoria Outra
Na Prática a Teoria é outra?
2.3 Instrumentos e Racionalidade Emancipatória
É aqui que autora situa os instrumentos e técnicas como elementos que constituem os meios, bem como a aplicação dos meios, estreitamente articulado aos fins e, por isso, aos elementos que compõem esses processo: teoria, ética e politica.
Tanto a teoria, a ética e a politica são indissociáveis da escolha dos meios, com na busca dos meios para tornar ato uma finalidade, são necessários instrumentos e, portanto habilidade em seu uso.
Aplicar os meios requer conhecer os instrumentos, ter habilidades para utilizá-los, capacidade para criá-los e escolher os mais adequados às finalidades postas.
A autora afirma que teoria não gera instrumentos próprios, a relação possível entre teoria e instrumentos é que a teoria empresta à prática o conhecimento da realidade, a qual é o objeto da transformação. Nesse sentido, se a teoria não oferece os instrumentos e técnicas propriamente ditos, ela pode oferecer subsídios para que eles sejam escolhidos, criados e utilizados.
São destacados dois grandes âmbitos da teoria que remetem, através de mediações á escolha e à operacionalização dos instrumentos e técnicas. São eles:
1. O âmbito da análise das tendências estruturais da ordem burguesa e da compreensão da dinâmica dos fenômenos com os quais se deparam os profissionais em sua prática cotidiana;
2. O âmbito da teleologia, ou seja, da projeção, da finalidade.
No primeiro âmbito a teoria é entendida com um “ instrumento para compreender com maior profundidade, riqueza e amplitude os fenômenos da vida” (Lukács, 1978, p.163). Tem por missão propiciar o conhecimento do conteúdo da atividade prática, ou seja, ela possibilita compreender até que ponto determinada atividade prática está contribuindo para a construção da história humana, ajudando a conhecer o verdadeiro potencial da prática.
O que a teoria oferece é a capacidade de pensar sobre os conteúdos postos pela população, sobre os