Mídias Sociais e Busca por Emprego
Paula Adamo Idoeta Da BBC Brasil em São Paulo
Atualizado em 30 de agosto, 2013 - 05:23 (Brasília) 08:23 GMT
Redes sociais trazem mudanças tanto para empregadores quanto para candidatos em potencial
O paulista Marcus Aurélio Kouyomdjian trabalhava em uma concessionária de veículos quando seu perfil profissional, postado na rede social LinkedIn, chamou a atenção de uma grande loja de produtos veterinários.
Ele não estava procurando emprego na época, "mas quando veio o convite para o processo seletivo, pensei: Vou ver o que acontece", conta à BBC Brasil.
Marcus Aurélio acabou aceitando o novo emprego. E recomendou a seu filho mais velho, Pedro, que também levasse seu currículo às redes sociais. Pedro, um engenheiro de 25 anos, tampouco pensava em mudar de emprego, mas recebeu uma proposta interessante e acabou aceitando uma vaga como coordenador de obras.
As redes sociais estão trazendo mudanças às dinâmicas de busca de empregos, tanto para profissionais como os Kouyomdjian quanto para empregadoras, apontam especialistas ouvidos pela BBC Brasil.
Para começar, o contato entre Marcus Aurélio e Pedro e as empresas que os contrataram só ocorreu graças às redes sociais. Nos EUA, esse fenômeno foi batizado de "procurar emprego passivamente" ("passive job seeking") - ou seja, alguém que não estava ativamente atrás de um novo trabalho pode acabar aceitando uma oferta atraente que tenha a ver com seu perfil e seus interesses.
"As redes sociais quebraram paradigmas (no processo) de contratações", diz à BBC Brasil Milton Beck, diretor de soluções de talento da rede social profissional LinkedIn, que tem 13 milhões de usuários no Brasil e 238 milhões no mundo. A rede usa algoritmos para cruzar pré-requisitos de vagas disponíveis como perfil dos profissionais cadastrados, de acordo com sua experiência e características postadas online.
Segundo Beck, 70% dos usuários não estão no LinkedIn em busca de empregos, mas