Mídia

A MÍDIA NA FORMAÇÃO DA AGENDA PÚBLICA

O processo eleitoral está presente, via de regra, nas democracias atuais . A ideia democrática hoje é vista sempre atrelada ao voto e à representatividade. Isso acontece devido à imensidão dos Estados, bem como seu alto grau de complexidade, sendo praticamente impossível a idéia de auto governo. Partindo desse fato, o papel da informação ganha relevância inédita na construção e aprimoramento do processo político, já que a informação servirá tanto para ajudar a construção das preferências na escolha dos representantes, tanto como no processo de prestação de contas com os mesmos (accountability).
O presente tópico irá desenvolver uma análise acerca de como os fornecedores de informação interferem no processo da accountatility, atuando na formação da agenda pública e determinando suas prioridades. A mídia, em suas variadas vertentes, se configura como o principal difusor de informações.

Os meios de comunicação de massa.
Nas sociedades contemporâneas, eles detêm o quase-monopólio da difusão de informações, de discursos e de representações simbólicas do mundo social; são a fonte, direta ou indireta, da esmagadora maioria das informações de que os cidadãos dispõem para compreenderem o mundo social em que vivem. (MIGUEL) Dessa maneira, pode-se entender seu papel fundamental na construção da agenda pública. A mídia coloca em evidência temas que são debatidos pela sociedade, que lhes dá atenção redobrada, mas o contrário também pode ocorrer: as mídias podem facilmente fazer um tema importante parecer banal e cair no esquecimento. Esse “poder” que os meios de comunicação de massa detêm é essencial para que os representados elaborem seus inputs que, consequentemente, determinarão a agenda, bem como políticas púlicas, outputs. Por desempenhar uma função-chave no processo político, o representantes se sentem incentivados a se engajar mais intensamente nos temas “eleitos” pela mídia. Os políticos tentam demonstrar atuação