Mídia: subjetividade, controle social e exploração social
A mídia atua diretamente na formação de opiniões e sujeitos. Daí, a importância de a sociedade exercer o controle social das mídias para garantir o equilíbrio da formação humana, com informações e programações que envolvam a diversidade brasileira e não apenas o ponto de vista e desejos de alguns donos das mídias no país. Para isso, é necessário que os cidadãos utilizem as tecnologias existentes e as mídias “livres” para uma melhor interação, para a promoção de debates, reflexões, análises críticas e circulação de idéias, tendo em vista o alcance de uma sociedade inteiramente democrática como explicitada nos textos constitucionais.
Controle social é a forma de, os cidadãos, participarem ativamente da vida política e social do país. Por isso, cabe a cada um, analisar discursos, ler entrelinhas, checar informações, rejeitar todas as formas de alienação e vencer a dominação. A mídia vem se configurando como uma poderosa ferramenta formuladora e criadora de opiniões, saberes, normas, valores e subjetividades. Utilizando-se de manobras estratégicas, a mídia, na maioria das vezes, não dialoga, mas sim direciona sua mensagem para o interlocutor, fazendo com que um grande contingente de pessoas aviste o mundo por suas lentes, seus vieses. A psicologia, que tem o homem e seu modo de existir como interesse de estudo, vem sendo interrogada e levada a engajar-se nesse debate. Este estudo não se volta para uma “criminalização” dos meios midiáticos, mas tem o propósito de analisar e refletir sobre o poder da mídia no âmbito da subjetividade e como esta atua na construção de formas de ser e agir dos humanos, bem como a sua influência nas interações relacionais entre humanos. A utilização dos meios de comunicação para a formação da opinião pública não é uma prática recente. Bem pelo contrário, desde a institucionalização da imprensa moderna no século XVII, os seus proprietários perceberam que esta poderia ter