MÉTODOS PEDAGÓGICOS
2.1. Método Expositivo
Consiste na transmissão oral de um determinado saber, informações ou conteúdos, que pode ser seguida de questões colocadas pelos formandos ou pelo próprio formador. A participação dos formandos é, contudo, diminuta: limitam-se a receber o que lhes é transmitido de uma forma mais ou menos acabada, o que, normalmente, não permite obter mudanças significativas nas atitudes ou opiniões dos participantes.
De facto, o método expositivo, por vezes designado curso magistral, tem sido objecto de inúmeras discussões, sendo muitas as acusações que sobre ele pesam: é entediante e constitui uma perda de tempo; torna os formandos passivos; provoca perda de motivação, de curiosidade e de criatividade; é uma forma de comunicação de sentido único, sendo difícil ao "orador" saber se a mensagem passa; não tem em conta as diferenças na capacidade de escuta dos formandos; o formador intervém "de cima", representando uma figura de autoridade, circunstância que é cada vez menos apreciada em culturas democráticas; a memorização é muito deficiente - a maioria das informações são esquecidas
24 horas após a formação, sendo o pouco que resta esquecido por completo nos dias seguintes; é um instrumento de formação arcaico (já Sócrates o tinha pressentido quando desenvolveu um método que preconizava uma série de questões bem estudadas que conduziam os seus alunos à Verdade Última); trata-se de uma forma de ensinar que consiste mais em modelar o espírito do que propriamente em desenvolvê-lo; os formandos são repletos de informações, sendo a componente prática e de aplicação negligenciada; resulta de uma compreensão limitada das suas consequências como método pedagógico, uma vez que ignora qualidades essenciais como a abertura de espírito, a receptividade, a confiança e o interesse pelos outros, todas elas elementos essenciais para uma boa relação formador/formando; em suma, o método expositivo assenta numa errada