Métodos de estudo científico
Pesquisa realizada na década de 70 encontrou uma grande frequência do antígeno leucocitário humano A2 (HLA-A2) entre crianças que sofriam de leucemia linfocítica aguda (LLA) e os investigadores concluíram que as crianças com este tipo de HLA tinham um risco aumentado de desenvolver esta doença. Estudos subsequentes vieram, no entanto, demonstrar que o HLA-A2 não era um fator de risco para o desenvolvimento da LLA, mas sim, um fator que estava associado a um melhor prognóstico em crianças com esta doença. Assim, a maior sobrevida dos doentes com HLA-A2 fazia com que na amostra de doentes do estudo houvesse uma maior probabilidade de encontrar doentes com este tipo de HLA em comparação com os outros tipos. Que tipo de estudo foi realizado na década de 70: ensaio clínico randomizado, estudo de coorte, caso-controle ou transversal? Explique por que esses autores da década de 70 chegaram a uma conclusão errada e que tipo de estudo poderia te evitado esse equivoco. Justifique.
Resposta: Provavelmente foi realizado ensaio de coorte no qual foi descoberta a relação do HLA-A2 com o acometimento de LLA em crianças, ou seja, descobriu-se a presença do gene relacionada a doença (causa) separando os grupos em doentes e não-doentes. Não foi bem empregado pois o estudo de coorte é longo e vulnerável à diversos vieses como o de prevalência. Neste caso como os óbitos não são considerados e o gene em questão se relaciona ao bom prognóstico a maioria dos doentes vivos ao final da pesquisa, ou seja, aqueles com melhor prognóstico tinham este gene e nos não doentes ele seria menos prevalente por não sofrer essa “deleção”, por isso a relação gene x doença tornou-se evidente.
Para evitar tal equívoco poderia ter sido empregado estudo caso-controle, relacionando doença x causas a fim de entender se os pacientes com o gene desenvolveriam ou não a doença, assim encontrar-se-ia que não há relação entre elas.
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