MÉTODOS CLÁSSICOS DE IDENTIFICAÇÃO DE FARMACOS
Os métodos clássicos de identificação são baseados em reações químicas de grupos funcionais importantes em insumos farmacêuticos.
Esses ensaios não são confirmatórios, mas sim eliminatórios, já que várias substâncias podem apresentar grupos funcionais em comum. Apresentam como principal vantagem a possibilidade de, dependendo da seletividade da reação, serem aplicados à identificação de fármacos, tanto em matérias-primas, quanto em medicamentos (produtos acabados). Outra vantagem imediata é a redução do custo com instrumentação que, entretanto, em longo prazo, se perde com o maior consumo de reagentes.
Como desvantagens incluem a menor sensibilidade e o fato de que não são aplicáveis a misturas de fármacos com grupos comuns.
As reações químicas úteis em ensaios clássicos de identificação devem ser perceptíveis a olho nu, sejam com mudança de cor(formação de produto colorido ou desaparecimento de cor do analito ou reagente), formação de precipitado ou produção de gás.
As tabelas 1, 2 e 3 (no final deste texto), apresentam algumas reações de identificação de ânions comuns, cátions comuns e grupos orgânicos comuns, respectivamente. Cabe ressaltar que as reações sugeridas não correspondem às únicas possibilidades de identificação das referidas espécies químicas.
Outros métodos clássicos de identificação, além dos testes baseados em reações químicas, podem ser utilizados, tais como: teste de solubilidade e análise organoléptica, conforme descrição a seguir:
TESTE DE SOLUBILIDADE – No que se refere a ensaios de identificação, o teste de solubilidade é válido como ensaio complementar de identidade. Em contrapartida, apresenta utilidade também como ensaio qualitativo e preditivo na avaliação do grau de pureza de matérias-primas (teor de substâncias solúveis e insolúveis). A solubilidade dos compostos orgânicos pode ser dividida em duas categorias principais: a solubilidade, na qual uma reação química é a força motriz, por exemplo, a reação