Método ginástico francês
Na França, a manifestação das práticas gímnicas corporais apresentou várias interfaces, “perpassando pela técnica e utilidade dos exercícios, objetivando o treino de soldados e de civis e, também, pela disposição e interesse em compreender a exercitação corporal sob rigorosa investigação científica” (PEREIRA, 2006, p. 52).
Nesse sentido, a Ginástica francesa integrava a ideia de uma educação voltada para o desenvolvimento social, sendo perspectivada sob o ideal de formação do homem “completo e universal” (SOARES, 1994, p. 75), capaz de servir a sociedade e o Estado por meio da força física, como também na construção de uma sociedade com características cívicas e morais. (SOARES, 1994).
Um dos principais precursores da Ginástica francesa foi Francisco Amoros Y Ondeano, que buscava a educação integral do ser humano baseada nos exercícios físicos. Em sua obra, ele estabelece relações entre o físico e a moral e entre a normalidade física e a moral. O que nos evidencia a sua preocupação com o caráter além do físico e da valorização das atitudes morais dentro de sua sistematização ginástica.
Segundo Amoros, a Ginástica na França deveria abranger:
A prática de todos os exercícios que tornam o homem mais corajoso, mais intrépido, mais inteligente, mais sensível, mais forte, mais habilidoso, mais adestrado, mais veloz, mais flexível e mais ágil, predispondo-o a resistir a todas as intempéries das estações, a todas as variações dos climas, a suportar todas as privações e contrariedades da vida, a vencer todas as dificuldades, a triunfar de todos os perigos e de todos os obstáculos que encontre, a prestar, enfim, serviços assinalados ao Estado e a humanidade” (F. AMOROS apud SOARES, 1994, p. 75).
Para SOARES (2005) a Ginástica pensada por Amoros inseria-se como conjunto de normas e de pedagogias que se elaboram para formar ou reformar o corpo, regulando