Método dos três mundos
Mais do que nunca percebemos como um grande desafio da educação uma abertura maior e com ênfase a prática libertadora no método de ensino –aprendizagem.
Na verdade, como afirmava Paulo Freire, “não deve existir uma metodologia certa, esquematizada” ou um simples método receitual, isto é, uma receita que nos permita preparar um indivíduo e ao mesmo tempo um sujeito de relações sociais em uma única tigela ou com os mesmos ingredientes e as mesmas porções. Pois o ser humano é distinto e diferente de todos os outros.
O “método” mais eficaz para que se desenvolva e aconteça o processo de ensino-aprendizagem é, sem dúvida, um método mediador e partejador de saberes, que permitam ao educador partejar suas vivências e experiências com as vivências e experiências do educando e assim, chegarem ao conhecimento que, mais do que nunca, não é de uma única pessoa, grupo ou nação, mas é universal.
O papel do educador seria justamente ser um instrumento facilitador do aprendizado, tendo com exemplo o grande mestre Sócrates. Sua função seria apenas ajudar no parto das idéias e do conhecimento, não sendo aclamado como o responsável pelo ato de fecundar-aprender ou de conceber-conhecer, mas sim ajudar a parir-conhecimentos, pois cabe ao aspirante ao conhecimento e desejante do aprender esforçar-se para buscar novos horizonte existenciais e tomar decisões, respeitando a si próprio e apetecer pelo novo jeito de ser e de ver as coisas, enamorando-se com este ato de enamoração e de um processo constante de vir-a-ser.
Quanto ao conhecimento, é necessário que seja visto, compreendido e auscultado pelo educando como uma forma enamorante e prazerosa, com um sotaque caliente, ou seja, de uma forma viva, animada e dinâmica, para que o educando, aprendiz-aspirante ao conhecimento desenvolva suas habilidades “protagonísticas” e , assim possa, no andar da carruagem, conhecer, analisar e modificar a si próprio, a sua comunidade e a fazer parte do mundo-pequeno, isto é,