Método de custo - contabilidade rural
Segundo o art. 297 do RIR/99, citado por Higuchi e Higuchi (2002, p.190), “o gado das empresas das empresas rurais, existentes na data de balanço, deverá ser inventariado ao preço corrente de mercado ou pelo preço real de custo quando a organização contábil da empresa tiver condições de evidenciá-los (MP nº 57/76).”
Segundo Marion (2002, p.125), “a técnica para utilização do custo histórico na pecuária consiste em apropriar ao rebanho os custos ocorridos e a eles pertinentes”.
Entre os possíveis custos ocorridos e pertinentes aos objetos de custeio – bezerros (as) nascidos na propriedade - citam-se: gastos com insumos para manutenção do rebanho reprodutor (touros e matrizes); depreciação do gado reprodutor; gastos com manejo (salários e encargos dos peões etc) e demais gastos operacionais e necessários para colocar o ativo em condições de gerar receita para a entidade rural.
A metodologia apresentada pelo método de custo histórico, nas entidades rurais orienta para incorporação dos ativos ao patrimônio pelos valores originais de aquisição, tanto dos insumos para manutenção do gado reprodutor como dos gastos consumidos pelo próprio objeto de custeio após seu nascimento e crescimento natural, neste caso os bezerros e bezerras, até completar o ciclo de desenvolvimento dessa fase.
Marion (2002, p.125), destaca os seguintes aspectos do Custo Histórico para justificar o seu uso:
a) objetividade: o Custo Histórico é uma medida impessoal, isto é, não depende de quem esteja avaliando os ativos;
b) verificabilidade: como decorrência do aspecto anterior, qualquer valor do ativo, por meio de exame a qualquer tempo e por qualquer pessoa, poderá ser verificável, constatando-se o mesmo valor (o que facilita o trabalho dos auditores);
c) realização do lucro: por meio desse princípio, reconhece-se somente lucro realizado por negociações (venda), ou seja, não reconhece o ganho econômico, como por