Mães e o HIV: Transmissão vertical
UNISAL
2013
Mães e o HIV: Transmissão vertical
Trabalho realizado como uma das exigências parciais da disciplina Desenvolvimento III – Vida Adulta, sob orientação da Profª Drª
UNISAL
2013
MATERNIDADE
Ao analisar historicamente a maternidade são notáveis as transformações culturais sofridas. Na antiguidade e Idade Média, o poder paterno era predominante em detrimento do materno, a família era uma realidade moral e social mais do que sentimental, e sua função era a transmissão da vida, dos bens, dos costumes e do nome, não havia uma preocupação com os laços afetivos e com a educação formal das crianças, marcando a relação mãe-filho pelo distanciamento afetivo, recusa em amamentar, entregando a amamentação dos filhos às amas-de-leite, em geral, mulheres pobres, que o faziam em busca de retorno financeiro (GUTIERREZ E PONTES, 2011).
Era bastante comum os bebês serem abandonados, a taxa de mortalidade infantil era elevada, o que fazia com que as mães desenvolvessem certa frieza emocional, no intuito de se preservarem do sofrimento caso perdessem o bebê, essa aparente indiferença materna seria como uma defesa, mas por outro lado não se poderia dizer que não existia amor materno (GUTIERREZ E PONTES, 2011). Mais tarde, durante os séculos XVII e XVIII emerge o sentimento de família, e ocorre um aumento da intimidade e da demonstração de afetos, passando a criança a ser valorizada. A distância materna em relação aos filhos diminui e eles passam a serem considerados frágeis, ao mesmo tempo em que as mães são estimuladas a amamenta-los e se preocupar com a higiene e saúde física dos filhos (GUTIERREZ E PONTES, 2011).
A partir do século XIX, ocorrem mudanças na família, baseada na reciprocidade de sentimentos, o filho passa a ser considerado um sujeito, a mulher ingressa no mercado de trabalho e adquire um domínio maior da possibilidade de