Mães do Feminismo Brasileiro na Mídia
História da Comunicação – Professor Carlos Costa
Beatriz Ramalho Campilongo
Natália Cristina Marinho de Freitas
1º JOD
Mães do Feminismo Brasileiro
Três mulheres a frente de seu tempo: essas foram Nísia Floresta Brasileira Augusta, Narcisa Amália e Júlia Lopes de Almeida, escritoras e jornalistas com ideias feministas e libertárias em uma sociedade na qual a alfabetização da mulher sequer era considerada comum. Cada uma delas, de modo separado, atuou em defesa de minorias.
Pode-se destacar a atuação de todas em jornais e periódicos do século XIX. Nísia Floresta colaborou durante 30 números com o jornal “Espelho das Brasileiras” destinado às senhoras pernambucanas falando a respeito da condição feminina em diversas culturas, e com o “Brasil Ilustrado” por dois anos. Narcisa Amália trabalhou no jornal Astro Resendense e, posteriormente, fundou o jornal quinzenal “A Gazetinha” no qual publicou suas ideias feministas e abolicionistas. E Júlia Lopes, por sua vez, além de atuar na Gazeta de Campinas, colaborou com a revista A Semana e manteve uma coluna no jornal O País por 30 anos.
A precursora das ideias feministas no Brasil foi Nísia Floresta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, nascida em 1810, educadora, escritora e poetisa. Sua obra, “Direito das Mulheres e Injustiça dos Homens” – uma tradução adaptada para a realidade brasileira de “Vindication of the Rights of Woman”, escrito pela inglesa Mary Wollstonecraft – foi o primeiro livro a tratar da questão dos direitos das mulheres. Nele, Floresta defendia o desenvolvimento da educação para o gênero como passo inicial para o alcance desses direitos. Inspirada nisso, fundou o Colégio Augusto para meninas.
Assim como ela, Narcisa Amália conclamava as mulheres, em suas publicações, a lutarem para sair da condição de subserviência em que se encontravam, além de ser abolicionista e defensora das minorias em geral. A escritora e poetisa nasceu em 1856 e foi a primeira a mulher a se