Máximas Conversacionais
a) Categoria da Quantidade: refere-se à quantidade de informação dada. É subdividida nas máximas que seguem:
· Primeira máxima: “Faça com que sua contribuição seja tão informativa quanto requerido (para o propósito corrente da conversação)”;
· Segunda máxima: “Não faça sua contribuição mais informativa do que é requerido”.
b) Categoria da Qualidade: indica uma supermáxima – “Trate de fazer uma contribuição que seja verdadeira”. Subdivide-se em duas máximas:
· Primeira máxima: “Não diga o que você acredita ser falso”;
· Segunda máxima: “Não diga senão aquilo para que você possa fornecer evidência adequada”.
c) Categoria da Relação: apresenta apenas uma máxima - “Seja relevante”.
Diferentemente das demais, esta máxima não se divide em outras. Nela consiste a contribuição que os interlocutores podem dar, na medida em que eles fornecem informações que, de fato, atendem aos objetivos requeridos em suas interações.
d) Categoria do Modo: relaciona-se a como o que se diz deve ser dito. Apresenta uma supermáxima – “Seja claro”. Esta se desdobra em várias máximas:
· “Evite obscuridade de expressão”;
· “Evite ambigüidades”;
· “Seja breve (evite prolixidade desnecessária)”;
· “Seja ordenado” etc.
Atos de fala
No Gênesis, vê-se que a linguagem é um atributo da divindade, pois o criador dela se vale quando realiza sua obra. Deus cria o mundo falando. No início, não havia nada. Depois, há o caos:
No princípio, criou Deus o céu e a terra. A terra, contudo, estava vazia e vaga e as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas (1,1,2).
A passagem do caos à ordem (=cosmo) faz-se por meio de um ato de linguagem. É esta que dá sentido ao mundo. O poder criador da divindade é exercido pela linguagem, que tem, no mito, um poder ilocucional, já que nela e por ela se ordena o mundo.
Deus disse: “Faça-se a luz”. E a luz foi feita. E viu Deus que a luz era boa: e separou a luz e as trevas. Deus chamou à luz dia e às trevas,