Mutações no mundo do trabalho
O trabalho é o que diferencia o homem das outras espécies. Com o trabalho ele satisfaz suas necessidades felogênicas e ontogênicas. Dessa maneira, ele se humaniza e sobrevive.
Para se compreender a nova forma de ser do trabalho, é preciso partir de uma concepção ampliada desta categoria, abrangendo “a totalidade dos assalariados, homens e mulheres que vivem da venda da sua força de trabalho”. (ANTUNES, 2004, p. 336). Ou seja, não se deve restringir apenas aos trabalhadores manuais diretos, reduzidos a partir da reestruturação produtiva do capital, mas compreender também os trabalhadores que vendem sua força de trabalho como mercadoria em troca de salário.
A diferenciação humana é o trabalho, (é assim que o homem “humaniza-se”), porém tal categoria vem sofrendo inúmeras modificações no decorrer dos tempos, mas mesmo com todas as modificações ocorridas na classe trabalhadora, não podemos afirmar que ela está fadada ao fim. As transformações que ora ocorrem não superaram a produção, nem eliminaram o trabalho.
Em toda a História da humanidade podemos notar as modificações das formas de trabalho no decorrer dos anos e como a classe trabalhadora também se modificou. A atividade humana embasada no trabalho e na acumulação de riquezas continua a existir, e o trabalho continua sendo o centro desse modo de produção e de qualquer outro.
Sendo assim, o trabalho é uma categoria impossível de ser distinta, tanto para a sociedade e o sistema de determinado contexto quanto para a própria espécie humana.
O que acontece é que a categoria trabalho assume um determinado “significado” dependendo do sistema econômico vigente.
Mesmo no sistema capitalista, apesar do avanço tecnológico, o trabalho continua sendo essencial. Pois, este sistema necessita da exploração da