Musica ou filme que remete ao conceito de modernidade de Berman
Buscamos em Berman uma localização na História para iniciar a fase da modernidade:
“Na esperança de ter algum controle sobre algo tão vasto quanto à história da modernidade, decidi dividi-la em três fases. Na primeira fase, do início do século XVI até o fim do século XVIII, as pessoas estão apenas começando a experimentar a vida moderna [...] a segunda fase come- ça com a grande onda revolucionária de 1790. Com a Revolução Francesa [...] No séc. XX, nossa terceira e ultima fase, o processo de modernização se expande a ponto de abarcar virtualmente o mundo todo.”.
Como podemos ver, a modernidade precisa ser localizada para que possamos traçar parâmetros para entendê-la dentro do contexto social e político. Uma das grandes contribuições do texto de Berman é a afirmação bastante apropriada sobre a modernidade ou o que sintetiza o homem nesse universo: “... resta muito pouco para o homem moderno executar, além de apertar um botão.”. Nesta visão bem contemporânea, podemos observar que, ao longo do tempo, segundo esse autor, a evolução se deveu às máquinas e a tudo o que as envolvia, sintetizado na forma de um “botão”. Notamos isso, quando hoje nos deparamos com os computadores, máquinas, que, com o “botão”, são consideradas evoluídas e/ou “modernas”, se avaliarmos que a modernidade passa pelo “apertar um botão”.
Para Berman não existe necessariamente uma condição pós-moderna, mas uma transformação radical das bases da modernidade, como o fim da ideia do iluminismo e descrença na racionalidade. O autor exemplifica esta situação através dos contrapontos entre viver em uma sociedade repleta de conquistas da modernidade, como celular, Internet, robôs, biomedicina, genética e ao mesmo tempo as guerras nucleares, biológicas ou lixos tóxicos. Em outras palavras, o mundo contemporâneo, por um lado nos promove poder, alegria, crescimento, transformação de nós mesmos e do mundo, por outro lado este mesmo mundo