Museus: origem e evolução
Curadoria e Serviço em Museus
JUNHO/2015
OS MUSEUS: ORIGEM E EVOLUÇÃO
Este texto, um recorte do livro “Como apreciar a arte” de Armindo Trevisan, conta como foi a evolução histórica do museu, até chegar ao modelo e concepção que temos hoje. Ele principia mostrando a natureza dos “museus” antigos, a finalidade dos acervos, como se formaram as coleções, a mudança das coleções: de particulares e restritas para públicas e termina discorrendo sobre as questões que o autor entende que devemos refletir sobre os museus, principalmente, quais as mudanças esperadas.
O termo museu deriva de musas, que na mitologia eram as donas de memória absoluta, imaginação criativa e presciência. Nesta época a concepção de museu era de um lugar para descansar a mente, pensar e criar arte e ciência, sem as preocupações do dia-a-dia.
O museu, como conhecemos hoje, deriva da formação de coleções de todo tipo de coisas com os mais diversos significados e finalidades, ao longo da história.
Para os antigos egípcios e os povos do Oriente as obras de arte (vasos preciosos, coisas sagradas e religiosas do templo) era uma coleção para agradar as divindades e não havia necessidade de serem vistas pelos homens, ficando mesmo ocultas do mundo profano. Eram câmaras de tesouros. Mas, com o passar do tempo, as coleções tornaram-se uma mistura de todo tipo de coisas relacionadas ao conhecimento sobre religião, mitologia, astronomia, filosofia, medicina, zoologia, geografia e outros.
Nesta época, num “museu” havia uma grande variedade de livros, instrumentos de cirurgia, pedras, zoológicos, salas de anatomia, observatório de astronomia, estátuas, peles de animais raros, jardim botânico, lugar para refeições e dados geográficos. A literatura também se utilizou do termo “museu” para designar a união de todo o conhecimento sobre determinado assunto numa única enciclopédia, ou seja, o museu era um livro detalhado sobre uma categoria ou tema.
Na era helenística existiam museus