O Museu do Homem do Nordeste, criado em 1979, reúne acervos de três outros museus: o Museu de Antropologia, do antigo Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais (IJNPS), atual Fundação Joaquim Nabuco, inaugurado em 1965; o Museu de Arte Popular de Pernambuco (MAP), criado pelo Governo do Estado de Pernambuco, em 1955; e o Museu do Açúcar, vinculado ao antigo Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) e incorporado ao IJNPS em 1977. O acervo do Museu de Antropologia, reunido e organizado, desde 1959, pelos pesquisadores René Ribeiro e Waldemar Valente, diversificado e proveniente de várias regiões do Brasil, era composto de objetos indígenas; peças de manifestações afro-brasileiras; materiais de construção de habitantes da zona rural nordestina dos séculos XVIII e XIX, colecionadas por Gilberto Freyre; ex-votos, especialmente agrários; rótulos de cigarros; peças de cerâmica de Caruaru e de Carpina, em Pernambuco, além do rico acervo do Maracatu de Dona Santa. O acervo do MAP, que funcionava no horto de Dois Irmãos e foi transferido para o IJNPS, em 1966, constava de peças de cerâmica popular de Vitalino, Porfírio Faustino, Severino de Tracunhaém, Zé Caboclo, Zé Rodrigues, entre outros ceramistas importantes; imagens de artistas populares anônimos; brinquedos populares em madeira, couro, pano e palha, além de uma coleção de ex-votos da igreja de Santa Quitéria (Garanhuns, PE). Do acervo do Museu do Açúcar, adquirido em grande parte por compras no País e no exterior, pode-se destacar a valiosa coleção de açucareiros, a de louças brasonadas, a de medalhas holandesas, além de várias outras coleções que documentam a história do açúcar, dos pontos de vista social, agrícola e tecnológico. Desta forma, o acervo do Museu do Homem do Nordeste se caracteriza por uma grande variedade de objetos. Possui tanto peças requintadas que pertenceram às famílias da aristocracia açucareira, quanto peças simples utilizadas