museu historico do piaui
As estatísticas referentes à navegação marítima do porto da Parnaíba denunciavam o declínio comercial do Piauí, após a independência do Brasil. Desapareceram os estaleiros da vila e os melhores rebanhos do Piauí pastavam no sertão longínquo separado das províncias do Nordeste por chapadões desertos de trânsito perigoso e faltos de água e pastagens.
Além disso, os fazendeiros estavam sendo banidos dos mercados litorâneos brasileiros pelo Rio Grande do Sul, cuja indústria desenvolvia-se em meio mais favorável, dispondo da navegação marítima.
Dessa forma, o crescimento da população anônima superava o crescimento dos currais e das finanças. Assim vinha uma fase de estagnação em que a pecuária do Piauí não podia competir com a pecuária das províncias limítrofes, cujos rebanhos estavam mais próximos dos mercados consumidores.
A guerra do Fidié e as lutas da Balaiada muito dizimaram os rebanhos do Piauí. Então, em 1844 as câmaras municipais expressaram o juízo unânime dos fazendeiros, opinando que as necessidade mais urgentes eram a construção de pontes, melhoramento nas estradas e o estabelecimento de navegação a vapor no Parnaíba e seus afluentes. Foi sugerido também a mudança da capital para as margens do Parnaíba.
Porém, os oeirenses conseguiram uma lei que revogava tudo quanto fora legislado a respeito do assunto, pois sempre foram desfavoráveis à essa mudança, até que chegou o novo presidente da província, José Antônio Saraiva, que em pouco tempo dispôs de elementos que lhe possibilitavam afirmar que a transladação da capital para as margens do Parnaíba constituía desejo da maioria da população e era indispensável para a prosperidade da Província.
Como não havia verba