museu guggenheim frank lloyd wright
MODERNO COM MODERNO
Antônio Tarcísio Reis
Arquiteto, Professor Titular da Faculdade de Arquitetura/PROPUR – UFRGS
Praça Carlos Simão Arnt 21, apto.202, Bela Vista, Porto Alegre – CEP. 90450-110, 3308 3152, 3308 3145, tarcisio@orion.ufrgs.br O GUGGENHEIM DE FRANK LLOYD WRIGHT E A ADIÇÃO DE GWATHMEY SIEGEL:
MODERNO COM MODERNO
RESUMO
Este artigo explora as relações estéticas e funcionais entre duas edificações modernas, nomeadamente, o
Museu Guggenheim de Nova York por Frank Lloyd Wright e a adição a este realizada por Gwathmey Siegel, considerando o contexto urbano. Particularmente, é examinado o impacto da adição sobre a imagem do
Museu e sua atuação como referencial urbano. Ainda, é abordada a relação entre os atributos espaciais internos do Museu e a função de exposição de obras de arte. As visões conflitantes envolvendo alguns destes aspectos são discutidas. O projeto de Frank Lloyd Wright para o Museu Guggenheim de Nova York constituiu um processo tumultuoso que envolveu conflitos com seus clientes, prefeitura, o mundo das artes e a opinião pública. A aprovação para o projeto foi morosa em função do mesmo não se adequar à legislação urbanística vigente. Tanto Solomon Guggenheim quanto Wright faleceram antes do término da construção em 1959. Contudo, o Museu Solomon Guggenheim de Nova York caracteriza para muitos não somente o espírito audacioso de seus fundadores como o gênio arquitetônico de Wright, vindo a ser um dos mais importantes senão o mais importante dos seus projetos e um dos marcos do movimento moderno. As formas curvas em concreto remetem à natureza, a formas orgânicas esculturais, e contrastam com a geometria mais rígida normalmente adotada pela arquitetura modernista. A abordagem tradicional adotada para o projeto do interior de museus, caracterizada pela passagem de uma sala à outra, é alterada por
Wright através da rampa contínua em espiral que conecta