Muro de Berlim
O muro não respeitou casas, prédios ou ruas. Policiais e soldados da Alemanha Oriental impediam e até mesmo matavam quem tentasse ultrapassar o muro. Muitas famílias foram separadas da noite para o dia. O muro possuía cercas elétricas com alarme, 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda e valas para dificultar a passagem. Havia cerca de 300 torres de vigilância com soldados preparados para atirar.
Símbolo maior da Guerra Fria, o Muro de Berlim dividiu por 28 anos a Alemanha em dois blocos: a República Democrática da Alemanha - que seguia o regime socialista liderado pela União Soviética - e a República Federal da Alemanha - conduzida sob o regime capitalista. No dia 9 de novembro de 1989, depois de terem ouvido pelo rádio um comunicado das autoridades comunistas sobre a possibilidade dos cidadãos da Alemanha Oriental, a RDA, terem, naquele momento mesmo, o direito de poderem viajar para o Ocidente, uma massa de gente começou a se amontoar em frente às cancelas que davam passagem pelo muro. Assim, espontaneamente, deram os primeiros passos para pôr fim à existência daquele paredão que separava os alemães em dois corpos distintos, numa hostilidade que apartava a humanidade inteira em duas facções inimigas.
Após a queda, as autoridades optaram por deixar de pé uma parte simbólica do muro. Trata-se de uma extensão de 1.300 metros, na qual diversos artistas internacionais pintaram, em 1990, a sua interpretação acerca do "Muro da Vergonha". Assim, o muro de Berlim tornou-se uma imensa galeria a céu aberto, na qual é possível apreciar a arte sobre o