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31/07/13 - Ciência Hoje (gl) Share on twitterShare on facebook
Há 100 anos, o físico dinamarquês Niels Bohr propôs o primeiro modelo atômico quântico. O trabalho abriu caminho para uma melhor compreensão da estrutura do átomo e o desenvolvimento da teoria atômica moderna.
O desenvolvimento de uma teoria atômica que explicasse a origem da luz (energia) emitida ou absorvida pelos átomos foi um grande desafio para muitos físicos no início do século passado. Uma contribuição importante para superar esse desafio foi dada, em 1913, em uma série de artigos na revista inglesa Philosophical Magazine, pelo físico dinamarquês Niels Henrik David Bohr (1885-1962), dois anos depois de ele ter iniciado, na Inglaterra, um estágio de pós-doutoramento com dois eminentes cientistas.
Primeiramente, Bohr trabalhou no Laboratório Cavendish, em Cambridge, com Joseph J. Thomson (1856-1940). Em seguida, com Ernest Rutherford (1871-1937), em Manchester, onde analisou os resultados recentes dos experimentos sobre as colisões de partículas alfa (núcleos de átomos de hélio) contra folhas finas de ouro e que levaram Rutherford, em abril de 1911, a propor a existência do núcleo atômico, de carga positiva, circundado por elétrons (negativos).
No entanto, esse modelo contrariava as leis do eletromagnetismo clássico. Segundo essa teoria, elétrons em movimento acelerado emitiriam luz e, com isso, colapsariam contra o núcleo em uma fração de segundo, o que comprometeria a própria existência do átomo.
Espectroscopia atômica
Outro problema com o modelo de Rutherford: ele não permitia explicar a forma como os átomos devolviam ao meio a luz que incidia sobre eles. Com a ajuda de um espectroscópio, aparelho cujo cerne é um prisma, a luz irradiada pelos átomos aparecia na forma de raias (linhas paralelas) com cores (frequências) variadas. O conjunto dessas raias é denominado espectro atômico e é característico para cada átomo.
O espectro atômico mais simples – já conhecido à