Mundo
Fazendo as perguntas certas
A lenda do Graal sintetiza os mitos e imagens de várias culturas diferentes — celta, teutônica e francesa medieval — numa história comovente de descoberta, perda, luta, compaixão e redenção. O Graal tem sido interpretado como muitas coisas diferentes, desde uma imagem pagã da fertilidade até um símbolo cristão da redenção espiritual. Em todas as suas diferentes formas, o Graal é um símbolo do sentido mais profundo da vida. Na história aqui apresentada, encontramos Parsifal jovem, à procura do sentido — mas a busca é inconsciente e a descoberta é equivocada. Vemos aqui a dificuldade de encontrar algo quando não sabemos realmente o que estamos procurando.
Quando menino, Parsifal foi mantido afastado do mundo por sua mãe. Seu pai tinha morrido em combate antes de ele nascer e nada restara à mãe senão esse filho, que ela estava decidida a não perder.
Assim, escondeu-o no coração da floresta e não lhe contou sobre seu direito nobiliárquico de se tornar cavaleiro na corte do rei Artur, como seu pai.
Mas a mãe de Parsifal deu-lhe ensinamentos sobre Deus, assegurando-lhe que o amor divino ajuda a todos quantos vivem na terra. Assim, um dia, ao encontrar um cavaleiro belo e cortês que fora perseguido e se embrenhara na floresta, Parsifal só pôde presumir que essa criatura superior era Deus em pessoa. Embora a ilusão do jovem tenha sido devidamente desfeita, o encontro com o cavaleiro despertou seu instinto natural de seguir seu próprio destino, e Parsifal implorou à mãe que o deixasse partir para o mundo.
A mãe finalmente deu seu consentimento e ele partiu, com uma roupa de bufão; a esperança da mãe era que essa roupa despertasse tamanho escárnio que o jovem voltasse para ela. Mas Parsifal insistiu em sua busca, a despeito das zombarias, e, no devido tempo, chegou ao castelo de Gurnemanz. Esse nobre dispôs-se a ser mentor do rapaz e lhe ensinou as regras da cavalaria. A roupa de bufão foi retirada, assim como o estilo