Mundialização do Capital
Em resposta a uma onda longa de crise o capitalismo avançou em sua vocação de internacionalização da produção de mercadorias, sem deixar o desenvolvimento desigual e combinado entre nações e classes sociais. Os países centrais fizeram mudanças estruturais por parte do Estado para o livre transito do capital especulativo financeiro, capital este de lucro para multinacionais.
Essa mundialização do capital interferiu diretamente na esfera das políticas públicas e moldou novas formas de organização interna e de relações de trabalho, que por sua vez permitiram superar as contradições geradas pela disputa de mercados e fontes de matérias-primas entre as empresas nacionais, mas aumentado o domínio e a expansão de empresas multinacionais.
É nesse momento que há a generalização e o acesso fácil as mercadorias por parte dos trabalhadores que produzem a riqueza e vivenciam a alienação como destituição, sofrimento e rebeldia. (IAMAMOTO, 2007) E a fetichização das relações sociais alcança o seu ápice sob a hegemonia do capital que rende juros, denominado por Marx de capital fetiche.
Mas mesmo com uma população alienada entra em cena, apesar de carecer por uma maior organicidade, a luta dos trabalhadores por terra, reforma agrárias e questões sociais, fundadas na exploração do trabalho e que pedem interferência do Estado para reconhecer e legalizar os direitos e deveres dos sujeitos sociais.
Foi decisivo o papel do Estado nos caminhos trilhados pela modernização “pelo alto”, em que as classes dominantes se antecipam às pressões populares, realizando mudanças para preservar a ordem.
E é na tensão entre produção de desigualdade, na rebeldia e do conformismo que trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou deles fugir porque tecem a trama da vida em sociedade. ****
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