Multipolar
Durante a Guerra Fria, existiam duas nações principais que dominavam e polarizavam as relações de poder no globo: Estados Unidos e União Soviética. Essa ordem mundial era notadamente marcada pelas corridas armamentista e espacial e pelas disputas geopolíticas no que se refere ao grau de influência de cada uma no plano internacional. Este era o mundo bipolar.
A partir do final da década de 1980 e início dos anos 1990, mais especificamente após a queda do Muro de Berlim e do esfacelamento da União Soviética, o mundo passou a conhecer apenas uma grande potência econômica e, principalmente, militar: os EUA. Analistas e cientistas políticos passaram a nomear a então ordem mundial vigente como unipolar.
Entretanto, tal nomeação não era consenso. Alguns analistas enxergavam que tal soberania pudesse não ser tão notável assim, até porque a ordem mundial deixava de ser medida pelo poderio bélico e espacial de uma nação e passava a ser medida pelo poderio político e econômico.
Nesse contexto, nos últimos anos, o mundo assistiu às sucessivas crescentes econômicas da União Europeia e do Japão, apesar das crises que estas frentes de poder sofreram no final dos anos 2000. De outro lado, também vêm sendo notáveis os índices de crescimento econômico que colocaram a China como a segunda maior nação do mundo em tamanho do PIB (Produto Interno Bruto). Por esse motivo, muitos cientistas políticos passaram a denominar a Nova Ordem Mundial como mundo multipolar.
Mas é preciso lembrar que não há no mundo nenhuma nação que possua o poderio bélico e nuclear dos EUA. Esse país possui bombas e ogivas nucleares que, juntas, seriam capazes de destruir todo o