Multimídia e comunicação
Síntese do capítulo III – Sociedade da informação: Ideologia e Utopia –
Livro: A Informação como Utopia de J. Paulo Serra
A sociedade de informação é considerada uma forma de ideologia e para alguns como “utopia da comunicação”. Inicia-se nos Estados Unidos da América no período em que se manifesta “discursos de crise” sobre a ciência e a tecnologia. Surge como uma solução para ultrapassar a barbárie da 2° Guerra Mundial, e todo niilismo dela decorrente. Partindo da idéia que todos os fenômenos, naturais ou sociais, são explicáveis em termos de comunicação, a partir de uma troca de informações.
Considera-se como seu alicerce a transparência. Com ela progressivamente as decisões políticas deixarão de depender da vontade de alguns poucos políticos , para passar a depender de “máquinas inteligentes”, como, por exemplo, o computador, possibilitando que as decisões sejam tomadas de forma fria, desinteressada e racional, tornando a sociedade mundial mais descentralizada e anárquica .
Do “fim da ideologia” à ideologia da informação
Para alguns pensadores e estudiosos da década de 50, a democracia liberal moderna seria a última organização político-social, que após algumas correções e ajustes anunciariam o fim de ideologias anteriores. Ocasionando a transformação da sociedade de industrial (de bens materiais) à uma sociedade “pós-industrial”, onde o centro da vida econômica e social residiria na informação ou saber, substituindo o trabalho como fonte de valor.
Os poderes político-econômicos e a sociedade da informação
Apresentada como “uma nova revolução industrial”, a sociedade da informação terá conseqüências tão importantes e benéficas como as revoluções industriais anteriores: criação de emprego, melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e dos consumidores em geral, maior eficiência na organização social e econômica, aumento de produtividade, transparência em serviços públicos são alguns exemplos serviços