Mulhers e o mercado de trabalho
As mulheres e o mercado de trabalho
Enviado por luisnassif, sex, 09/11/2012 - 07:14
Por Gunter Zibell - SP
Do Marcha Mundial das Mulheres
A realidade das mulheres no mercado de trabalho brasileiro
*por Jéssika Martins Ribeiro
As brasileiras já são mais da metade da população, estudam mais que os homens, ganham menos trabalhando nas mesmas funções que eles e ocupam os piores postos. Apesar de a cada ano mais mulheres ingressarem no mercado de trabalho brasileiro o patamar do desemprego feminino mantém-se mais elevado que o masculino. Outro indicador que reflete a maior precariedade do emprego feminino é a posição na ocupação: enquanto as mulheres estão concentradas nas posições sem carteira assinada os homens tem um peso relativamente maior nos empregos estáveis com melhores benefícios.
O processo de inserção das mulheres no mercado de trabalho é orientado pela divisão sexual do trabalho. Esse conceito é central para explicar as dinâmicas específicas das mulheres no mercado de trabalho. Essa divisão posiciona as mulheres nos postos menos prestigiados por elas terem que conciliar vida familiar e vida profissional. Essa conciliação é um dos aspectos relativamente recentes das novas configurações da divisão sexual do trabalho. Chama-se bipolarização do emprego feminino e é resultado dos processos que ocorrem na esfera educacional. Quando as mulheres são mais instruídas e diplomadas que os homens, provoca-se uma concentração delas em determinados postos no mercado de trabalho.
Desenvolve-se assim um polo de mulheres executivas e profissionais com diplomas de nível superior e outro com mulheres assalariadas. A consequência política desse efeito é o aumento das desigualdades sociais e do antagonismo do interior do grupo social das mulheres. Nos últimos anos, de acordo com dados do Censo Demográfico 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a distribuição de renda melhorou, mas a desigualdade entre