Mulheres no papel de delegada
Giovana Gonçalves Holanda Pereira
Lidiane Borges Coutinho²
Nilvanete de Lima³
RESUMO
O presente trabalho visa expor o pensamento machista e o preconceito enfrentados pela classe feminina para a execução do cargo de Delegada de Polícia, fazendo assim um paralelo ao surgimento do feminismo. E busca também destacar as transformações que a estrutura familiar brasileira enfrentou a partir da ascensão da mulher a esse posto.
Palavras-chave: Dificuldades. Mulher. Delegada.
1 INTRODUÇÃO
O cargo de delegado foi criado pela lei n° 261, em três de dezembro de 1841, para que cada município e cada província do império possuísse um chefe de policia, o qual exercia tanto a função de delegado quanto a de juiz. Apenas após a implantação da Constituição Federal de 1988 é que os delegados passaram a dispor de tratamento específico no âmbito constitucional, desvinculando-se assim de outras áreas jurídicas.
O processo enfrentado para a execução desse cargo é longo, concorrido e muito burocrático:
Art. 2º O processo seletivo, de caráter eliminatório e classificatório, realizar-se-á em duas etapas:
I - Primeira Etapa: a.provas escritas de conhecimento; b.exame de aptidão física; c.seleção psicológica; d.investigação social e funcional;
II – Segunda Etapa: a.curso de formação policial profissional; b.provas de verificação de aprendizagem das disciplinas teóricas e práticas; c.acompanhamento profissional e psicológico durante o curso de formação policial profissional.
Parágrafo único. Para ingresso no cargo de Delegado de Polícia, além das exigências constantes da primeira etapa exigir-se-á prova oral de conhecimento e provas de títulos. (PROJETO DE LEI, 1988) Boa parte da sociedade ainda apresenta uma visão conservadora da hierarquia do trabalho e costuma associar esse profissional à figura masculina, pois ele transmite a ideia de força e brutalidade completamente oposta à delicadeza