Mulheres na Odisseia
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIA HUAMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
HISTÓRIA ANTIGA II
Adriano Gustavo Zerbielli
Bertha Iasmine Lohmann
Edson Luiz de Mattos Morais
Leandro R. Isquierdo Gonçalves
Raul Kich Abreu
Roger Pires dos Santos
As Mulheres e a Odisséia
Outubro, 2012
Traçando os limites
Tratar sobre o assunto do feminino em uma texto de tamanha relevância no campo da história universal é empreender uma busca que pode variar em diferentes óticas, e não cabe a nós, despender um tempo relevante levantando uma variada perspectiva de tópicos sobre o gênero, e sua influência dentro do texto da Odisseia, sua maracas dentro da história, dos mitos e das direções que a narrativa toma. Para marcar o espaço de entendimento, iniciamos por alocar as diferentes personagens femininas e suas características dentro do poema.
Penélope
Uma das principais personagens femininas é representada por Penélope. Ela gera o filho de Ulisses, Telêmaco, e em seguida seu marido vê-se obrigado a partir para o confronto em Tróia. Quando parte, Ulisses confia sua jovem mulher e seu filho único a Mentor. Penélope era acima de tudo uma mulher dedicada. Mesmo não tendo o poder para governar sua ilha, ficou à espera de seu marido por 20 anos, sendo que nos últimos 10 anos sem a menor certeza de seu marido estar vivo. E mesmo com os pretendentes a fazer-lhe a corte ela resiste. Para postergar uma resposta aos pretendentes. Ela usa do artifício de tecer uma mortalha para seu sogro, Laertes, mas durante as noites ela a desmanchava: “Jovens pretendentes! Visto que morreu o divino Ulisses, tende paciência até terminar esta veste – pois não quereria ter fiado a lã em vão – uma mortalha para o herói Laerte para quando o atinja o destino deletério da morte irreversível.....Dai por diante trabalhava de dia o grande tear, mas desfazia a trama de noite a luz das tochas.”(Canto XIX p.447) E