Mulheres com fibromialgia e suas crenças em saúde
Brenda Schon1
Flávia Kruscinsk dos Anjos2
Giovana Delvan Stuhler 3
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo investigar as crenças em saúde de mulheres com fibromialgia que participam de um programa de atendimento interdisciplinar para o tratamento da mesma. Para tanto participaram do estudo 10 mulheres com fibromialgia e como instrumento de coleta de dados, foi utilizado um questionário composto por questões sobre os benefícios e barreiras encontradas no tratamento, e sobre a percepção da seriedade e da suscetibilidade desta síndrome. As participantes da pesquisa tinham em média 57 anos e o tempo de diagnóstico variou entre um e sete anos. Sete delas eram casadas e três divorciadas. No que se refere à ocupação, quatro estavam trabalhando, três eram aposentadas, duas estão afastadas do serviço e uma sempre foi dona de casa. Os dados obtidos deram origem a quatro categorias: “Suscetibilidade: a doença desconhecida”; “Seriedade: a doença da dor”; “Benefícios: o tratamento que ameniza a dor” e “Barreiras: o corpo que impede o tratamento completo”. A percepção da suscetibilidade foi demonstrada quando as mulheres referiram procurar ajuda médica ao sentirem dores constantes. Já a seriedade foi vista como uma doença que causa dores intensas, destacando-se a falta de esperança para melhorar no futuro e a presença de sintomas depressivos. Os benefícios percebidos com tratamento foram a melhoria da dor e o convívio em grupo como forma de aprender a enfrentar a doença. Como barreiras percebidas as participantes apontaram as dificuldades para realizar exercícios em solo por conta da intensidade da dor.
Palavras-chave: síndrome da fibromialgia; tratamento; crenças em saúde.
INTRODUÇÃO
A fribromialgia é a combinação de três termos: fibro, que vem do latim e significa tecido fibroso; mio que vem do grego e quer dizer músculos; e algia, que do grego denota dor (WALLACE & WALLACE, 2005).