Mulher Renascentista
Leandra Verônica Pegoraro Miotto1
No artigo “A Mulher Renascentista” de Margaret L. King participante no livro O
Homem Renascentista, (BURKE, Peter; GARIN, Eugenio. Lisboa: Presença, 1991. 257 pág.), a autora disserta sobre diversas faces da mulher no período renascentista. Esta que aparece quase sem rosto na sociedade: a mulher mãe e a relação mãe/filho, a mulher no casamento, os trabalhos que eram permitidos à elas, as monjas, as bruxas, a educação que recebiam.
Como mãe, “a maternidade constituiu a sua profissão e sua identidade” (pág.
193), a autora destaca a quantidade de filhos que era necessário terem para a garantia de um herdeiro saudável, portanto obrigavam-se a fertilidade. Não amamentavam seus filhos recém-nascidos para que pudessem ter logo o próximo, entregando-os as amas de leite que muitas vezes deixavam de alimentar seus próprios filhos. As crianças que eram entregues pela nobreza às amas morriam por desleixo, pobreza, má nutrição ou até por maldade da ama, sendo asfixia um método utilizado. Porém, das mulheres de classes superiores esperava-se que amassem seus filhos, e assim faziam, criando e educando até a idade de sete anos, dessa forma encontrando um modo de expressão de suas vontades e sentimentos. Em contra partida para as mulheres pobres ter muitos filhos era muito problemático devido à escassez de recursos. Em meio a todas essas questões, o medo do parto era muito grande para ambas.
Acompanhadas por parteiras que tinham apenas uma preparação prática, as mulheres não conseguiam sobreviver aos partos complicados ou às infecções bacterianas, uma ameaça que continuou a atingir quer as ricas quer as pobres mesmo já em tempos mais avançados. (pág. 195)
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Acadêmica do Curso de Licenciatura Plena em História da Universidade de Caxias do Sul
Aquelas que sobreviviam, por vezes acabavam assistindo à morte de seus filhos.
A mortalidade infantil na Europa era bastante grande, as causas podiam