Mulher Idosa
RESUMO
A sociedade atual está pautada em moldes da exploração e desigualdade entre os homens. Estas desigualdades se encontram de formas variadas sob a influência da questão gênero, de classe, de raça, podendo essas se articularem no fortalecimento da dominação. O conhecimento e o saber podem ou não serem instâncias que promovem relações desiguais. Desta forma, ter acesso ao campo do conhecimento, aqui nos referimos a Universidade, pode dar ao sujeito formas de libertação. Com relação à vivência universitária de homens e mulheres e suas faixas etárias, essas possuem cortes visíveis, expressando uma dinâmica social segregacionista. Os avanços das mulheres na sociedade possibilitaram a conquista do direito ao acesso a Universidade. Porém, dentro deste âmbito de produção científica, como acontece a vivência acadêmica da mulher idosa? Existe uma dinâmica que demonstre que as mulheres idosas estão inseridas na vida acadêmica, iniciada após alcançar a terceira idade? São questionamentos que tentarei responder ao longo do artigo.
Palavras-chave: gênero, terceira-idade, Universidade.
INTRODUÇÃO
As relações sociais que se configuram no atual modo de produção, o capitalismo, são permeadas por desigualdades em várias instâncias- gênero, raça, classe entre outras. Parte-se do pressuposto que homens e mulheres são sujeitos construídos socialmente, atores sociais e estão situados na dinâmica social sendo representados por papéis passiveis de construção e desconstrução. Ratificando Marx e Engels em A Ideologia Alemã: Não é a consciência que determina a vida, é a vida que determina a consciência (p.26).
Dessa forma, as mudanças econômicas, políticas, sociais e culturais, que ocorreram no mundo desde o século XIX e que se intensificaram no século XX, produziram alterações significativas para a vida em sociedade. As atividades humanas são processos culturais permeados por troca de