Mudanças xx
As mudanças sociais ocorridas no início do século XX são o resultado de um período da evolução humana que envolveu a reconstrução de objetivos, valores, conceitos e a ruptura de tradições que possibilitaram a passagem da era moderna para pós-moderna, cujos reflexos positivos ou não se estendem até os dias atuais.
As opiniões sobre os resultados desta passagem são variados, mas o que é unânime entre alguns autores é um certo pessimismo, como o autor Zygmunt Bauman, que denomina a sociedade pós-moderna de líquida e sem consistência e Jair Ferreira dos Santos que a denomina de “fantasma”.
Para que se possam entender esses termos é preciso primeiro compreender as séries de transformações que abalaram as estruturas da sociedade moderna, que era baseada em pouca liberdade e excessiva ordem, com o lema progresso cunhado na economia e na ciência. Este fator se deve ao pensamento positivista de Augusto Comte, para quem a ciência era a explicação máxima e única para a sobrevivência da sociedade e sua coesão. Assim a religião ficou em segundo plano e fragilizada por não acompanhar os avanços científicos. As tradições que mantinham a sociedade coesa, através de valores que mantinham-se vivos perpassando gerações, aos poucos foram sendo dissolvidos. E assim instituições que até então eram duradouras, sólidas e resistentes ao tempo tornaram-se líquidas e sem consistência, difíceis de se manterem a longo prazo, mas facilmente moldadas por movimento de cunho ideológico.
A educação era tradicional, limitava a criação, o pensamento crítico e procurava moldar o indivíduo e encaixá-lo no modelo que a sociedade exigia: o mecanicismo.
A idéia de ordem na sociedade moderna estava ligada a noção de estabilidade e segurança, onde era possível ter um planejamento de vida seguro, pois as instituições que as sustentavam eram duradouras, assim como o Estado.
Durante a quebra da bolsa de Nova Iorque o desemprego e a miséria foram os