Mudanças organizacionais no serviço publico brasileiro

“VESTIR A CAMISETA! É DE FORÇA”: MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS E SUA RELAÇÃO COM O ADOECIMENTO MENTAL NO TRABALHO PÚBLICO
Vanderléia¹, L.D. C Schlindwein; Cristiane², B.M. Mattos; Talyta, Soares³; Vivian³, Bonfim UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA/UNIR
RESUMO
Nos últimos anos, as mudanças no modelo de gestão do Instituto Nacional de Seguridade Social/INSS e a implantação do modelo organizacional, chamado de Balanced Scorecard/ BSC trouxeram a introdução de novos métodos de avaliação e desempenho do trabalho. Entretanto, a introdução de técnicas ligadas a excelência na qualidade dos serviços prestados estão associadas aos pedidos de licença para tratamento de saúde na instituição. Os sintomas como depressão, stress, transtorno ansioso, fóbico e de adaptação estão entre as maiores causas de adoecimento no trabalho na instituição, a partir de diagnósticos fundamentados na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) (MATTOS; BONFIN & SCHLINDWEIN, 2012). Nesta perspectiva, o estudo fundamentado na proposta da Psicodinâmica do Trabalho (LANCMAN; SZNELWAR, 2011), teve como objetivo compreender os transtornos mentais no Instituto Nacional de Seguridade Social/INSS de Rondônia e sua relação com o trabalho, de modo que o estudo contribui para as discussões dos determinantes organizacionais no adoecimento relacionado ao trabalho. Privilegiou-se nesta investigação uma abordagem qualitativa, de metodologia explicativa. Utilizou-se como técnica entrevistas individuas com questões semi-estruturadas e encontros grupais (GASKELL & BAUER, 2002). A partir de um banco de dados criado com informações (idade, sexo, CID-10, e outras), dos protocolos de afastamentos por transtornos mentais registrados na Superintendência da agência do INSS de Porto Velho, no período de janeiro a dezembro de 2011, foram selecionados 23 trabalhadores para fazer parte do estudo. Através da interação dos depoimentos grupais foi possível resgatar o sentido das relações de trabalho