mudanças contemporâneas e natureza

Estamos vivendo numa era em que, mais do que nunca, o homem está separado da natureza e ainda se sentindo superior a ela. Cavalcanti explica que: “a civilização tem 5.000 anos e o crescimento só começou a acontecer nos últimos 250 anos” (p. 36). Sabiamente ele reflete sobre o pensamento da atualidade: “hoje se pensa e age como se o crescimento econômico fosse a regra para a Humanidade. Nunca foi. Crescimento significa necessariamente esgotamento de recursos, destruição de alguma coisa do meio ambiente”. Cavalcanti ainda afirma:
Sustentáveis, podemos dizer, foram as sociedades indígenas no Brasil que tinham 12.000 anos de existência quando os portugueses chegaram aqui”. Quem garante que a sociedade americana vai ser como é hoje no ano 2250? Ou a chinesa? Ninguém garante, nem mesmo daqui a vinte anos! E daqui a doze mil? (p. 36).
Então, passados mais de 4.000 anos o homem passa a viver as transformações estimuladas por ele mesmo, o crescimento econômico é a prioridade do momento, as tecnologias tomam conta do cotidiano, o modo de produção de alimentos e produtos é desenvolvido em grande escala, o consumismo é estimulado constantemente, o status da urbanidade é maior e mais valorizado que o ambiente rural. Como consequência dessas mudanças as expressões da questão social são evidenciadas e consequentemente alteram negativamente a qualidade de vida. Lembro também dos sentidos diferentes que tinham da vida humana perante a natureza. A relação homem X natureza entre os indígenas, por exemplo, era totalmente diferente da que temos hoje, período de globalização.

Referências
QUADROS, Juliana; MURATA, Afonso Takao. Educação em Direitos Humanos. Meio Ambiente e Direitos Humanos. Curitiba, 2014.
CAVALCANTI, Clóvis. Sustentabilidade: mantra ou escolha moral? Uma abordagem ecológico-econômica. São Paulo, 2012.